A ansiedade é um estado de preocupação, aflição e
tensão constante mesmo quando não há razão
aparente.

No momento que todos vivemos, as razões para
ficarmos ansiosos são muitas e surgem essencialmente
da falta de controlo que sentimos perante uma
ameaça tão real.

Diante de um cenário externo que em nada nos acalma (pelo contrário), urge que nos voltemos para dentro, procurando e encontrando em nós instrumentos para lidar com a vulnerabilidade.

COMO NUTRIMOS O CORPO?

Prestemos atenção à forma como nutrimos o nosso corpo. Que alimentos preferimos para saciar a nossa fome? Sentimo-nos saciados física e mentalmente?

Apesar da ansiedade ser um estado mental, a alimentação assume um papel muito importante para aliviarmos o mal-estar que se vai instalando. Devemos por isso, nutrir o nosso corpo físico com alimentos que privilegiem os sabores doce, amargo e salgado. Os alimentos devem ser preferencialmente cozinhados e as bebidas frias, geladas devem ser evitadas. Optemos por infusões de camomila, valeriana, passiflora, funcho ou alecrim.

Como está a rotina do sono? Com este recolhimento obrigatório como gerimos o nosso sono? A que horas nos deitamos? A que horas nos levantamos? É de extrema importância mantermos uma rotina consistente que nos faça deitar e acordar à mesma hora contribuindo assim para um sono reparador.

COMO NUTRIMOS OS SENTIDOS?

Com que impressões nutrimos os nossos sentidos? Quanto tempo dedicamos à televisão, telemóvel, computador?

Se estes são importantes instrumentos para trabalhar a partir de casa, para nos aproximarmos dos que mais gostamos e do mundo, é fundamental não ficar demasiado tempo expostos as estímulos e notícias que vão certamente aumentar os nossos níveis de preocupação e consequente ansiedade.

Como estão as nossas emoções? Que emoções alimentamos?

Considero ponto chave o que está ligado à gestão emocional. É importante reconhecer as emoções e dar-lhes espaço para que se expressem. Mas no contexto atual, emoções como o medo, insegurança, angústia e até desespero, não devem de todo ser alimentadas. Mas como fazer se são as que certamente mais nos visitam?

Desligar nem que seja por momentos, é fundamental. Evitar acompanhar as notícias o dia todo, ocupar o tempo com atividades que realmente nos preencham, dar espaço ao silêncio. E neste silêncio podemos simplesmente respirar, meditar, entoar mantras que nos fortaleçam a capacidade de estar presente no momento, longe de tudo o que é externo e tanto nos atormenta.

O QUE FAZEMOS?

Fazer exercícios suaves de yoga disciplina o corpo e a mente, promovendo em nós Prana, Tejas e Ojas.

É importante não permitir que a vida encaixada nas quatro paredes, que é a nossa casa, nos faça cair numa inércia física e ao mesmo tempo numa maior agitação mental. Precisamos de equilíbrio, de Sattva na mente.

Por isso, a disciplina, o autocontrolo, a persistência e autossuperação são os grandes alicerces para nutrir em nós a esperança e confiança de que tudo está perfeitamente bem, mesmo quando nos falta o chão por sentirmos que pouco ou nada controlamos!

Namasté

Andreia Oliveira
Terapeuta AMAYUR